A endometriose pode acometer diversos órgãos fora da pelve. O mais frequentemente envolvido é o intestino. Quando a doença progride as lesões que estão na parte posterior do útero acabam grudando no reto ou sigmóide (parte final do intestino) e, como a parede destes órgãos é mais frágil do que a parede do útero, as lesões acabam por invadir a parede intestinal. Para o correto diagnóstico desta forma da doença os exames de imagem são fundamentais!
Dentre os disponíveis salientamos a ressonância magnética e a ultrassonografia vaginal especializada com preparo intestinal.
Sempre é bom, ao pensarmos em cirurgia termos dois tipos diferentes de exames de imagem, eles acabam se complementando e ajudando na programação cirúrgica.
O tratamento desta forma da doença é, na maioria das vezes, cirúrgico. O tratamento medicamentoso é pouco eficaz na doença intestinal.
A cirurgia é complexa, dependendo do tamanho da lesão e do grau de infiltração da doença na parede intestinal, a ressecção intestinal com posterior anastomose ou a remoção apenas do nódulo são indicadas. Esta cirurgia deve ser realizada por equipe multidisciplinar, obrigatoriamente um cirurgião gastrintestinal deve estar presente.
A internação hospitalar bem como a recuperação é um pouco mais demorada do que na laparoscopia para tratamento da endometriose não intestinal
Apesar da complexidade do procedimento, por vezes é a única forma de restabelecermos a qualidade de vida da mulher!